quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Crise desafia profissionais com altos salários

23/Dezembro/2008

Para Diretor de Recursos Humanos da Klabin Segall, o profissional que quiser passar com segurança pelo período turbulento do mercado de trabalho deverá avaliar sua empregabilidade


Renato Faria

Depois de um período de disputa irracional por profissionais de construção civil, as construtoras e incorporadoras começam a rever o planejamento de contratações para 2009. Segundo o Diretor de Recursos Humanos da Klabin Segall, Flávio Staudohar, as primeiras empresas que colocarão o pé no freio serão as incorporadoras.

Para Staudohar, a corrida por engenheiros inflacionou os salários no setor, mas com a crise, o profissional que quiser passar com segurança pelo período turbulento do mercado de trabalho deverá analisar sua empregabilidade e tentar fazer a diferença para a empresa. "Contribua para o negócio na mesma moeda que você vale", aconselha. Leia trechos da entrevista, que poderá ser conferida integralmente na revista Téchne de janeiro (edição 142).

Como as empresas do setor da construção estão se planejando para 2009 em relação a contratações e demissões?
Nas incorporadoras, eu vejo uma queda bastante acentuada de contratações, mas não diria que há um movimento intenso de demissões, pois as construtoras precisam honrar os compromissos assumidos. As obras estão efetivamente em andamento e, por isso, as construtoras ainda têm um espaço para contratações.

Qual sua opinião sobre os patamares salariais estabelecidos pelo mercado nos meses que antecederam a crise?
Os altos salários foram influenciados pela emoção do mercado. O que acontece agora é que eles começam a atingir patamares mais consistentes com a realidade do mercado local. Percebe-se claramente que a bolha inflacionária de salários está numa fase já "murcha". Hoje as exigências dos profissionais nos seus momentos de negociação são bem menos agressivas e muito mais realistas.

Qual a realidade para os profissionais contratados com salários inflacionados?
Reduzir salário não é possível. Aumentar os desafios? Isso é uma constante, algo que o profissional deve sempre imaginar que vá acontecer na vida dele. A pressão por resultados, por desenvolvimento e para transformar a crise em oportunidade sempre vai existir. Alguns altos salários são justificados pela própria contribuição do profissional. Outros realmente sofreram inflação, e agora é a hora da verdade.

Que conselhos você dá para os profissionais que enfrentam essa "hora da verdade"?
Olhe a sua contribuição para a empresa, observe a sua empregabilidade e tente fazer a diferença. Porque se foi contratado, valorizado daquela forma, é porque alguma diferença faz, fez ou fará. Então, mantenha essa diferença. Veja o que precisa ser feito para efetivamente atingir uma alta performance, busque o autodesenvolvimento e contribua para o negócio na mesma moeda que você vale.

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