domingo, 13 de julho de 2008

O 100º Macaco

Saiba que a sua consciência pode mudar tudo. O seu pensamento pode ser
a energia que mudará a consciência de um país inteiro. Você pode ser o
centésimo macaco.

Quando  tenho a sensação de que o meu esforço vai ser insignificante
perante uma situação que me convida a me sentir pequeno, penso na
história do centésimo macaco. E atuo na certeza de que o meu esforço
pode transformar o mundo.

Escrevo aqui uma adaptação de um trecho do livro O Centésimo Macaco,
de Ken Keyes Jr. (Editora Pensamento).

Durante mais de trinta anos, um tipo de macaco japonês (latim: Macaca
fuscata) foi analisado em estado selvagem. Em 1952, pesquisadores
deram batatas-doces, que caíram na areia, aos macacos da ilha Koshima.

Os símios gostaram do sabor das batatas cruas, mas acharam
desagradável o da areia. Uma fêmea de dezoito meses, chamada Imo,
descobriu que poderia resolver o problema lavando as batatas num
riacho próximo. Ela ensinou sua descoberta à mãe. As amigas também
aprenderam essa nova maneira de proceder e a transmitiram para as
respectivas mães. Diante dos olhares dos pesquisadores, esta novidade
cultural foi sendo, gradativamente, aprendida por vários macacos.
Entre 1952 e 1958, todos os jovens macacos aprenderam a lavar batatas
sujas de areia para torná-las mais saborosas. Somente os adultos que
imitaram seus filhotes aprenderam esse tipo de evolução social. Outros
adultos permaneceram comendo batatas sujas.

Eis que aconteceu algo sensacional: no outono de 1958, um certo número
de macacos da ilha Koshima (o número exato é desconhecido) lavava
batatas. Suponhamos que, ao alvorecer daquele dia, havia na ilha 99
macacos que já tinham aprendido a lavar batatas. Suponhamos ainda que,
em seguida, naquele mesmo dia, um centésimo macaco aprendeu a lavar
batatas. Nesse instante algo importante aconteceu. Naquela tarde,
quase todos os membros do grupo haviam lavado as batatas antes de
comê-las. A energia acrescentada pela adesão do centésimo macaco, de
alguma forma, provocou uma eclosão ideológica! Mas, veja bem: o que
mais surpreendeu os pesquisadores foi o fato de o hábito de lavar
batatas haver, espontaneamente, cruzado os mares.

Colônias de macacos de outras ilhas e do monte Takasaki, da ilha
Kiusho, começaram a lavar suas batatas (essa pesquisa está descrita em
detalhes no livro Lifetide, de Lyall Watson, Bantan Books, 1980).
Concluiu-se que, quando uma quantidade de indivíduos que adquiriram
determinado conhecimento atinge certo número crítico, esse novo saber
pode ser transmitido de uma mente para outra. Embora o número exato
possa variar, o fenômeno do centésimo macaco significa que, quando
apenas um número limitado de pessoas sabe de um caminho, este pode
permanecer como propriedade da consciência dessas pessoas. A partir de
um certo número, porém, essa consciência pode ser sintonizada por
outras pessoas, fenômeno que a fortalece e expande.

O seu ato consciente pode mudar o pensamento de toda uma nação. Faça o
certo, mesmo quando ninguém mais parece se importar. Algum macaco tem
de ser o primeiro ou o qüinquagésimo, pois vai chegar um momento em
que a sua ação criará uma energia capaz de mudar  a mentalidade
coletiva.

O seu pequeno ato pode fazer a diferença!

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