sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Cérebro turbinado

O cardápio ideal para manter a memória ativa
06/11/2009  
  

 
Uma data comemorativa, uma lembrança de infância, aquele encontro da juventude. Bons momentos merecem ficar guardados. Sem contar que, no dia-a-dia, é importante dar conta de detalhes que podem tornar a vida mais complicada. E, para preservar as lembranças, é preciso cuidar da alimentação, defende pesquisador da Universidade Federal de São Paulo, Unifesp. Portanto, acredite, o que você leva à mesa pode contribuir para reduzir as falhas de memória. Uma dieta que inclui de gema de ovo a couve pode retardar o envelhecimento do cérebro. 

Ao longo de anos de pesquisa, o neurologista Cícero Galli, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), observou que uma série de alimentos pode ou não contribuir para o bom funcionamento do cérebro. Galli é do time dos que defendem a plena capacidade, no caso do cérebro dos adultos, de produzir novos neurônios. E isso vai depender, e muito, de uma boa alimentação. "Hoje em dia é muito difícil uma área do cérebro em que os tecidos não se renovem. Podemos produzir, em média, três mil novos neurônios por dia. Porém, para que essa produção ocorra é preciso ingerir os alimentos corretos", aconselha ele.


A alimentação correta, defende Galli, dá condição para a produção desses novos neurônios. Anote. A lista de alimentos amigos da memória inclui: ovos, peixes (porque são ricos em Ômega 3), brócolis, couve-flor, couve de bruxelas, sementes como nozes, amendoins, pistache, e azeite de oliva. "A gema do ovo, por exemplo, é bastante benéfica. Ela é rica numa substância chamada colina, considerada, hoje, de acordo com alguns estudos, como a nova vitamina do complexo B. Essa substância é responsável pela constituição das membranas das células nervosas e estimula a atividade cerebral", explica Cícero.


A vitamina D já era vedete pelos benefícios que traz aos ossos, ao fortalecê-los e evitar a osteoporose. Segundo Galli, ela é ainda mais útil e eficaz na boa manutenção do cérebro. "Essa vitamina também tem funções neurorregeneradoras, pois estimula a produção de fatores neurotróficos, que mantém a vitalidade do tecido nervoso. Ela promove a conexão entre células e estimula a produção de novas células", diz o neurologista. Onde encontrar a vitamina D? Nos velhos e bons raios solares, e também nos peixes e no leite.


Em contrapartida, alguns alimentos podem causar danos ao cérebro. "A carne bovina, ao ser cozida, por exemplo, produz substâncias neurotóxicas. Essas substâncias se ligam ao DNA das células, modificando a estrutura química desta carga genética. O produto final é chamado de adutos de DNA, que provocam mutações dos genes e podem, até, chegar ao câncer", alerta Galli. É por isso que ele recomenda, veementemente, a substituição da carne bovina e de frango por outros alimentos igualmente ricos em proteína, como a clara de ovo, os peixes, a soja e os derivados do leite.


Mudar o cardápio é importante, mas há outras medidas a serem tomadas o quanto antes. O cérebro precisa ficar em plena atividade. "Qualquer atividade que utilize o tecido nervoso é importante, inclusive para a memória. Pois, assim, essas áreas do cérebro tornam-se prioritárias, recebendo novos neurônios. Porém, se não houver nenhum estímulo, o cérebro não identificará a necessidade desses novos neurônios, ocasionando a degeneração progressiva das células nervosas. Mesmo depois da aposentadoria é fundamental buscar aquilo que nos dá prazer e não deixar o cérebro em desuso", finaliza o neurologista.

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